sexta-feira, 28 de junho de 2013

Entrevista com *Rafael. Feira Moderna Zine.

    
  Eu sou péssimo em gravar datas. Mas em um passado longínquo, (rs) quando por ventura me envolvi com o universo dos fanzines, e comecei a editar um pequeno fanzine chamado Manifesto, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas interessantes. Este pequeno fanzine se tornou o Grosso Calibre, um fanzine de proporções um pouco maior, mas com a mesma pegada. Recheado de resenhas, textos, indicações e claro, muita indignação. 
Foi exatamente neste período de muito tempo gasto com recortes, montagens e muito dinheiro gasto com xeroz que comecei a receber um grande número de cartas em minha residência interessados e trocar material. Foi assim que chegou em minhas mãos o Feira Moderna Zine, ou pelo menos o flyer do mesmo. Logo em seguida, em alguns shows já foi possível notar que seria possível uma aproximação com os idealistas do FMZ. Foi assim que conheci o Rafael, e a partir de então começamos a trocar algumas ideias bastante interessantes.
É com ele o bate papo que segue aqui no Contrapondo. Vamos conferir?
Caso tenha interesse em também prolongar esse contato. No final dessa troca de ideia você pode deixar a sua opinião ou entrar em contato conosco.
Fique a vontade. E boa leitura!


Rafael, vamos lá! Não tem como nós começarmos essa conversa sem lhe perguntar sobre o Feira Moderna Zine, esse sim merece uma pergunta de praxe. Há quanto tempo você está nessa correria e como faz ainda em tempos modernos de internet pra manter um trabalho tão tenso, e melhor, ainda com versão impressa?


Cara, o fanzine Feira Moderna Zina (FMZ) existe desde 2002. Começou num formato bem diferente deste que tem hoje. Como a maioria dos fanzines, xerocado e circulando com poucas cópias. Só a partir do número sete (se bem me lembro, entrando no terceiro ano) passamos a lançá-lo como um jornal. A questão da internet hoje soa muito mais clara pra mim do que há alguns anos atrás. O FMZ demorou muito para ter uma versão online da forma que deveria; com atualizações constantes e tudo o mais. Levou certo tempo pra cair a ficha que a versão impressa precisava de uma versão online, e, creio eu, que o contrário também. Uma versão dá sustentação, visibilidade à outra. Embora a versão impressa ainda seja a 'principal'.




Confesso que a cada número impresso que lançamos, sentimos que a coisa vai ficando mais complicada. E isso em todos os aspectos: os custos, a gráfica, enfim. Anunciante hoje em dia é muito mais difícil. Mesmo as trocas de anuncio por materiais (que já não eram o ideal pra nós, mesmo no começo), hoje soam ainda mais inviáveis. Já que as vendas de materiais em shows diminuíram muito. O jeito é manter com nossos próprios recursos. E vida que segue. Mas, pra nós, a satisfação de ver mais um número pronto, circulando, compensa sem a menor sombra de dúvidas.


Como você faz pra manter todas as informações? Haja vista que pelo menos hoje, só vejo você como representante do FMZ nos eventos, se não estou enganado. E as matérias sempre são legais, como se você estivesse o tempo todo ligado nos eventos. Coisa quase impossível! (rs)


Hoje no FMZ somos dois. Eu e o Rodolfo Caravana, que participa da versão impressa com uma coluna e chegando junto comigo nos custos. A versão online, onde rolam as notas, matérias de shows e tudo mais, ficam por minha conta. Com exceção de uma ou outra entrevista, as poesias e algumas coisas que recebemos de colaboradores, como você por exemplo. Estar presente nos shows e eventos também é por minha conta. Gosto realmente de escrever sobre música, dar opinião, me expressar. Não encaro como um trabalho, ou algo penoso, sabe lá. Basta conseguir organizar o tempo e dormir um pouco menos às vezes (é preciso ganhar a vida) que é tranquilo. Claro, ir pra rua com a banquinha e estar nos shows são, sem dúvida, a melhor parte. E mesmo que não houvesse o FMZ, creio que estaria frequentando os mesmos lugares. Talvez carregando menos peso, mas indo aos mesmos lugares. (rs)

Sinceramente, não me imagino fazendo outra coisa, frequentando outro meio. O underground é a causa que escolhi. A única coisa na qual acredito hoje é em arte e cultura (ou contracultura, como queiram) como ferramenta de mudanças. Não acredito em militância partidária, na classe política. Encaro o Estado como inimigo, agente repressor, limitador do indivíduo, e duvido das intenções de qualquer grêmio, união dos estudantes disso ou daquilo, ou, seja lá o que for. Logo, minha forma de militância, de fazer política, de interferir, protestar é minha atuação no meio underground. Sendo assim, não tem como o trabalho não soar prazeroso ao extremo! 


Legal. E já que tocamos no assunto, "underground / contracultura". O que isso significa realmente pra você? Acredito que quando menciona, por exemplo, "O underground é a causa que escolhi." Você ainda tem muita coisa pra dizer. Então, desenrola isso pra gente!


Acredito realmente no poder transformador da arte, da música. Tenho certeza que se não tivesse, num dado momento de minha vida, esbarrado em fanzines, determinadas bandas, discos e livros minha vida teria tomado um rumo muito diferente, e eu seria outra pessoa. De alguma forma, prefiro que tenha sido assim.

Entendo que cada cidadão tem um papel importantíssimo na construção de nossa sociedade. Assumir esse papel ou não, é escolha de cada um. Estou falando do cotidiano, do dia a dia, das pequenas atitudes e posturas adotadas. Há diversas formas de interferir no espaço, no todo no qual estamos inseridos. Mesmo o sujeito que exerce seu ofício, sua profissão de forma honesta, correta, está de alguma forma contribuindo. Alguns vão além, optam por determinados tipos de militância, enfim. E, ao menos eu, encontrei a forma de me expressar e participar, agir, interferir através do meio underground. Foi onde tive contato com ideias que condiziam com a forma como eu me sentia (e ainda me sinto) perante o mundo e ferramentas para expressá-las. Seja tocando, escrevendo, produzindo, divulgando, não importa. Estou difundindo cultura, informação, trocando ideias. É a forma como deixo claro para o mundo que existo e que penso. 


Dentre estes anos de caminhada com o FMZ, qual foi a parceria que você mais considera relevante dentro de todos estes aspectos colocados quanto a underground / militância, e ou, até mesmo só em termos de cultura?


Essa pergunta é difícil! (rs) 
Logo quando o fanzine começou, os primeiros anunciantes foram fundamentais. Por causa deles surgiu a Latitude Zero Distro. (por falta de grana, era bem comum a galera das distros trocar anúncios por CDs; daí comecei a montar banquinha nos shows, pra tentar transformar os 'pagamentos' pelos anúncios em grana viva!) e vimos que era possível 'crescer', mudar o formato, ir pro jornal e aumentar a distribuição. Da mesma forma, a galera da correspondência, da troca de cartas, fanzines e flyers também foi fundamental para espalhar o nome do FMZ. 

Tem também a galera que, assim como eu e outros aqui pelo Rio de Janeiro, monta as banquinhas nos shows. Por mais que a galera de fanzine curta a coisa da troca de correspondências, nada substitui o contato direto, pessoal. É diferente você entregar e/ou receber um fanzine num show. Estar em contato com quem vai ler o material que você produz e sentir a reação.

De qualquer forma, foram muitos parceiros ao longo do tempo. Tanto no FMZ quanto nos outros projetos, inclusive produção de shows. E por mais que pareça clichê, acho que se aplica o mesmo que defendo com relação ao meio underground como um todo: todas as peças da engrenagem são importantes, fundamentais. O cara que pegava um flyer nosso e colocava dentro de uma carta e mandava junto com um fanzine pra um contato dele não faz ideia do quanto contribuiu. O mesmo valendo pro sujeito que foi num show e pegou uma cópia do fanzine numa banquinha.


Rafael, você acha que a galera hoje mudou muito? Por exemplo, no auge dos fanzines no passado, como na época em que eu editava o Grosso Calibre que se tornou o Contrapondo, eu chegava a receber quase dez cartaz por dia. Um absurdo! E tudo nesse "nype" como você mencionou, as vezes poucas palavras, mas muitos contatos para retorno. Na verdade, a minha pergunta é a seguinte. Qual a diferença notada hoje para os que são leitores do FMZ, dos frequentadores dos shows e dos que pegam contigo o zine pra leitura? Vou até ser um pouco pedante, mas você acha que a molecada hoje sabe a importância de um fanzine na cena?


Temos que levar em consideração que a forma como se consome cultura, de modo geral, hoje é muito diferente de dez, quinze anos atrás. E isso se reflete no meio underground. É inevitável. Hoje as coisas estão muito mais simples. Um clique e você tem uma discografia inteira de uma banda 'lado b' no seu computador ou celular! Não dá pra querer que o cara que já encontrou o cenário com todos esses dispositivos e 'facilidades' à disposição se relacione com uma banda, fanzine ou com determinado gênero musical da mesma forma que a gente que camuflou grana em papel carbono na carta pra comprar demo, que esperou meses por um fanzine, tomou volta de espertinho, ou coisa parecida.


Mas ainda acho que tem, sim, uma garotada tão interessada no meio underground quanto nós. É claro que a quantidade de fanzines impressos diminuiu, mas vira e mexe recebo materiais! Tem mostras rolando por aí, enfim. Vez por outra dou de cara com uma molecada que só conhece e-zine! Ficam espantados com o fato de ainda haverem fanzines impressos. E gostam, trocam contato, acompanham. E ainda surgem novos fanzines por aí! Parece-me que, talvez, seja dever nosso (os mais cascudos) encontrar formas de não deixar certos valores se perderem. Demos lançadas no formato físico, bandas iniciantes, fanzines impressos e por aí vai, tudo isso merece ser valorizado. E as pessoas envolvidas, idem! 


Vamos aproveitar esse momento histórico que vivemos hoje aqui no Brasil e falar um pouco de política? Qual é a sua perspectiva sobre os últimos acontecimentos, os protestos, a possibilidade de mudanças e os ataques aos órgãos públicos? Ou você assim como eu, apesar de ter esperança, sente um "cheiro estranho" de apenas euforia?

Bom. Vamos lá!



Cara há muito tempo que nós, envolvidos com o meio underground, cobramos essa coisa de ir pra rua, protestar, e se fazer ouvir, sair da 'zona de conforto', enfim... Acho ótimo que uma parcela da sociedade esteja fazendo isso. Confesso que desde o começo olhei a coisa toda com muita desconfiança, e até o momento permaneço assim: desconfiado. Tem gente por aí que é mestre em manipular opinião pública, e não me refiro apenas aos meios de comunicação. Espalham discursos e teorias das mais absurdas em redes sociais e afins... e fazem parecer a coia mais normal do mundo... Ainda assim me soa extremamente válido.

Mas creio que tão importante quanto a manifestação em si, é a forma como toda essa discussão irá, de fato, influenciar o dia a dia de cada um. É fundamental que todo esse surto de politização afete o cotidiano, os pequenos atos e posturas do cidadão. Ano que vem teremos eleições. E, minha desconfiança, passa justamente por esse 'cheiro estranho de euforia’ que você citou. Será que, menos até que os protestos em si, mas a discussão e toda essa indignação estarão presentes na hora de votar? Será que dura até lá?

Com relação aos atos: mesmo com os dois pés atrás; estive presente em dois deles aqui em Niterói. Mas acompanhar mesmo, até o final, apenas o segundo. Queria ver com meus próprios olhos e tirar algumas dúvidas. De fato, as reivindicações diziam respeito à coisas que também me afetam como cidadão (à grande maioria de nós, na verdade). Também ficou claro que os tais atos de vandalismo são praticados por grupos organizados (e que sabem bem o que estão fazendo). Não parte do cidadão de uma forma geral (o que seria plenamente justificável, dado o ponto que as coisas chegaram aqui no Brasil). Pude perceber isso aqui em Niterói, onde também houve confronto com a Polícia. Porém, após o ato em si, numa outra situação. (pra mim ficou bem claro isso)

A ação da PM não me surpreende e não deveria surpreender ninguém. Sempre agiram da mesma forma. Só quem nunca tomou uma dura na madrugada se espanta. Só que é um problema que vem desde que a PM existe. Seguem ordens que partem de seus respectivos governadores. E sequer passa pela cabeça de algum deles não fazê-lo. Com relação aos veículos de imprensa: a mesma coisa. Sempre agiram da forma que estão agindo, só que agora, com as mídias digitais e o acesso rápido e fácil à informação, assim, coisa ficou exposta, virou flagrante.

Quanto à tomada de prédios públicos: é simbólico, faz parte. É patrimônio do cidadão e, se é do desejo do cidadão ocupar o que é seu, que seja feito. Só acho que seria bacana que o povo, pra valer, estivesse presente nesses locais no dia a dia, cobrando de seus eleitos, seus funcionários, o que é obrigação deles fazer. Já seria um passo adiante e em tanto.

Outro ponto: Acho ótimo que haja rejeição às bandeiras de partidos, sindicatos, ou, seja lá o que for. A insatisfação é com o poder público, a classe política como um todo. Obviamente os partidos políticos estariam incluídos. São, parte de tudo isso. E também é de se esperar que os militantes partidários joguem 'cascas de banana' pro discurso dos 'apartidários'. De alguma forma, sentiram que 'ficaram de fora da festa' é ruim. Evocam a democracia para justificar a presença de suas bandeiras, mas no fundo são justamente essas bandeiras e siglas que atentam contra a democracia quando deixam os interesses do cidadão que os elege de lado e trabalham em benefício próprio. É justo negar a participação partidária quando as reclamações envolvem, inclusive, os próprios partidos.

E por mais que eu seja chegado a uma ‘teoria da conspiração’, ainda não dei de cara com nenhuma relacionada a tudo que tem acontecido que me convencesse. Pelo menos nada que desague num golpe militar ou coisa parecida. 

Enfim. Acho válido tudo que tem acontecido. Mas chego ao mesmo ponto que você. Fico me perguntando se isso tudo influenciará o dia a dia do cidadão e durará até as eleições. Aí sim, creio que algo realmente transformador possa vir a acontecer.


Seguindo a vibe, tenho me organizado com alguns amigos para incentivar o boicote, é a única manifestação pacífica que acredito. E como você mencionou, acredito também que alguns confrontos seriam inevitáveis, pois essa polícia corrupta e nojenta que mais dá medo do que os próprios ladrões, sempre foi o carrasco de quem gosta de curtir uma madrugada. Quando menciono o boicote, acredito que o mesmo pode ir mais além do que as eleições. Você concorda comigo?


Sim. Com certeza! A ideia me agrada imensamente. É uma forma ainda mais eficaz de não só manifestar a indignação, mas deixá-la registrada, impressa na história política do país. Na verdade, creio que o grande lance é deixar claro que pronunciamentos, pactos, medidas 'emergenciais' ou qualquer outra coisa do gênero não resolvem a questão. O problema é mais profundo. E isso passa, inclusive, pela questão dos partidos nas manifestações: não se trata de rejeição a partidos de esquerda ou direita. As pessoas estão insatisfeitas com a atuação dessas entidades de uma forma geral, não importa o posicionamento. Sempre entendi que se determinada empresa não presta um serviço satisfatório, não devo fazer uso de seus serviços. É a forma de deixar a insatisfação clara. Se o problema é com a classe política, que não lhes sejam dados nossos votos! É o que os sustenta! É bater onde dói!

Ainda sobre eleições: Não posso encarar como democrático um processo do qual sou obrigado a participar. O voto me parece ser a arma mais valiosa para exercermos nossa cidadania, mas a obrigatoriedade, a meu ver, tira todo o sentido da coisa. Desde que comecei a votar defendo o voto nulo como a única forma de manifestar insatisfação que o Estado me dá em uma eleição. Não aceito o discurso do “quem vota nulo não pode reclamar, está se anulando, abrindo mão de participar” Pra mim soa ao contrário! As pessoas que conheço que como eu anulam seus votos, me parecem ser as que mais se importam! As que já procuravam formas de manifestar sua indignação muito antes dessa garotada resolver ir pra rua. Insisto que acho válido tudo isso. Mas também entendo que nem o governo, nem a oposição querem (nem vão) de fato tocar em pontos que provoquem mudanças profundas. O voto obrigatório seria uma delas, no meu ponto de vista. E independente do que aconteça daqui pra frente, continuaremos no meio da briga deles por poder. E aí, as eleições do ano que seriam, sim, a hora de manifestar a indignação da forma mais contundente possível. 


Existe um espaço dentro do FMZ que trata diretamente destes assuntos, política / filosofia de vida, ou isso acaba refletindo naturalmente nos outros conteúdos? Você acha que um manifesto, impresso, distribuído em shows ainda pode fazer alguma diferença quanto a isso?


Sim, as colunas e artigos em ambas as versões do fanzine apontam quase sempre para assuntos distantes do universo musical, salvo uma ou outra exceção. As poesias, na versão online (no próximo número impresso vou tentar dar mais espaço para os poetas, inclusive), são outro exemplo. Acho muito difícil falar de arte sem, necessariamente, tocar em aspectos comuns à vida cotidiana. Já que a arte acaba sendo reflexo do que as pessoas vivem, de uma forma ou de outra.

Com relação a um manifesto, ou qualquer outra ferramenta que traga as pessoas envolvidas com o cenário underground para discussões envolvendo temas, aparentemente, alheios ao meio: são extremamente válidos. Vou me apropriar de um depoimento do Bolinho da banda Kopos Sujus, publicado recentemente em um grupo no Facebook: Ele colocava a necessidade de trazer para o meio underground a discussão de temas relacionados ao cotidiano, política, e cidadania por exemplo. Ele frisou, inclusive, o fato de não ser algo que precise aparecer obrigatoriamente nas letras das bandas, já que nossa atitude em participar do meio underground já é uma atitude política por natureza. Aliás, no que concordo plenamente com ele.

É importantíssimo, principalmente pra galera mais nova, sentir que o meio underground também pode ser um caminho para exercermos nossa cidadania. Afinal, estamos ali produzindo e consumindo cultura. Não a cultura imposta por grandes veículos de comunicação. Não a cultura ou o discurso da direita ou da esquerda, necessariamente. Mas, talvez, um novo olhar, outra forma de enxergar e compreender as coisas, diferente da grande maioria, independente. Por que não aproveitar isso? Creio que muitos dos assuntos levantados nas manifestações e protestos poderiam contribuir muito com esse processo de discussão, debate, troca de ideias e, quem sabe, mais pra frente não surjam novos fanzines, informativos, manifestos ou qualquer coisa do tipo, fruto de tudo isso? Já temos os espaços e o ambiente propício para algo nesse sentido acontecer. Você não acha? 


Com certeza Rafael, temos o espaço sim! E esta posição de achar que podemos dar muito mais do que apenas expomos nas letras de nossas canções já é algo que venho batendo com força em quase todas as minhas colocações. Isso é de suma importância. Ainda mais em momentos como o atual, de manifestações em nosso país.

Bom meu caro, nossa conversa foi bastante satisfatória. Como os interessados em criar uma parceria com o FMZ podem estar fazendo e o que você deixa pra gente de interessante para lermos, aproveitando mais uma vez nosso momento político, que possa talvez nos deixar com uma visão um pouco melhor para o futuro?


Maravilha! Valeu pelo espaço e pelo papo, meu camarada! Quem quiser fazer contato é só mandar e-mail (latitudezeroprod@yahoo.com.br)! Pode demorar de vez em quando, mas faço o possível para dar retorno a todos. O FMZ está aberto a quem quiser colaborar, participar, seja lá de que forma for! Parcerias são sempre muito bem vindas! E antes de encerrar, vou bater na mesma tecla: o momento é propício, temos tudo pra fazer de nosso 'mundinho under' bem mais que o show no final de semana, a camisa de banda ou a pose pra foto no Facebook... Acho difícil que alguém consiga dizer, com certeza, no que tudo isso que vem rolando vai resultar. Pode, inclusive, não dar em nada... De qualquer forma, entramos num momento importante de discussão, debate e 'politização' que (mesmo duvidando de engajamento/militância 'instantâneos') pode render muita coisa interessante.

Minhas dicas de leitura? Vou tentar não fugir muito de temas e coisas que tratamos em nosso papo, ok?


“1984” (George Orwell) – Fundamental!!!

“A Revolução dos Bichos” (George Orwell) – Fundamental!!!

“O Castelo” (Franz Kafka) – Fundamental!!!

“O Processo” (Franz Kafka) – Idem...rsrsrs!!!

“O Que é Anarquismo” (Caio Tulio Costa)

“Punk: Anarquia Planetária e A Cena Brasileira” (Silvio Essinger)

“A Onda Maldita: Como Nasceu e Quem Assassinou a Fluminense FM” (Luiz Antônio Mello)

“Niterói Rock Underground: 1990-2010” (Pedro de Luna)

Peço licença pra enfiar um doc. na lista, tudo bem?

“Fanzineiros do Século Passado – Volumes I, II e III” (Marcio Sno) - Os três números são incríveis! Vale muito a pena!




Latitude Zero Prod.
Puplicações: Feira Moderna Zine / Consciente Coletivo Zine

Artistas:
Inércia
Projeto Mosquitos
Rafael A.
Xarles Xavier

Eventos: Festival Barulhada! : FMZ Apresenta: Narcose Rock Clube : Rock na Garagem : Go Girls Rock Fest. : Mostra EDITAR de Publc. Indp.

Shows & Press:
(21)8341-4888 ou latitudezeroprod@yahoo.com.br (Rafael)


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